terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ANTES QUE O MAL SE ESTABELEÇA

Diz o adágio popular que "quem conta um conto aumenta um ponto". O problema é que esse tal "ponto" aumenta em progressão geométrica até que o "conto" inicial estará totalmente deturpado.
Quem me conhece sabe que sou completamente apaixonado pelos meus filhos e netos. A pouco tempo atrás soube que uma de minhas noras está "preparando outra pessoa". A alegria tem sido enorme em nossa família .Na ocasião do anúncio, ainda não era possível saber qual era o sexo do bebê. Em clima de festa familiar brinquei com meu filho primogênito, pai do bebê, dizendo que certamente ele não "NEGARIA FOGO", nos dando um neto. Na minha idade, com a experiência adquirida, é claro que aprendi que "neto" ou "neta" são sempre maravilhosos. Apenas ousei fazer uma brincadeira. Tenho sido ao longo de minha vida, em razão de minhas responsabilidades, um homem grave que pouco brinca. Homens assim costumam ser sem graça, reconheço. Naquela oportunidade , suspeito, minha brincadeira pode ter sido saudada como preconceituosa. Meus filhos sabem que não tenho preconceito algum com "neta". Aliás, se necessário for, dou minha vida por uma que tenho, que é a "galeguinha" mais linda que este mundo já viu. Peço, contudo, perdão aos meus filhos (Beto, Márcio e Mimi) por não saber brincar. Peço , principalmente, que não permitam que a frase "NEGAR FOGO" seja transmudada em "INCOMPETÊNCIA". Já é dificil explicar uma brincadeira inocente. Eu jamais chamaria, ou sequer permitiria passivamente, que um filho meu fosse chamado de incompetente. Todos os meus tres filhos (Beto, Marcio e Mimi) são seres humanos maravilhosos, muito superiores a mim; mais inteligentes; mais humanos; mais capazes, tudo mais . E aqui não faço mais que minha obrigação em reconhecer o que todas as pessoas de nosso relacionamento percebem a olhos nús . E essa superioridade em relação a mim, herdaram de minha mulher Dalma. A ela seja dado todo mérito pela beleza de caráter dos meus filhos. Quanto a mim, que Deus me perdoe a "incompetência".

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