Quase todos nós já ouvimos alguém dizer: "Não vou com a cara daquele sujeito". Ao perguntarmos o por quê, a resposta quase sempre é esta: "Não sei! não gosto do jeito dele" . A cara, a roupa, o andar, o sorriso, algum trejeito, costumam fazer o nosso juizo sobre determinada pessoa. Isso é perigoso. Já vi pistoleiros dóceis, amáveis, voz mansa, delicados, matadores de aluguel. Já vi mulheres comportadas, caseiras, de modos gentis, adúlteras camufladas. Já vi pastores, pregadores da Palavra de Deus, mestres no ensino, homossexuais enrustidos .
Da mesma maneira, não é incomum ouvirmos homens de Deus pregando Sua Palavra, que nos parece no momento ser "missa encomendada", isto é, não raras vezes chegamos a acreditar que alguém contou "nosso problema" para eles . Nesses juizos que fazemos a partir das aparências, cometemos muitas vezes injustiças e provocamos , via de regra, "tempestades em "copo d'água" . É preciso que tenhamos cuidado com "mal entendidos". Nem sempre o que vemos, ouvimos ou lemos , são bases confiáveis para a formação de nosso juizo. Talvez por esta razão foi que Jesus Cristo nos ensinou:
"...se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz..." (Mt.6:22), e o apóstolo Paulo arrematou : "...o amor...não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal..." (I Co.13:5).
Sou um ancião. Na minha vida já cometi e já vi muita gente cometer injustiça, porque as aparências foram a base da formação do juizo .
Minha oração é : "que Deus nos perdoe por isso", e nos faça cada vez mais parecidos com Cristo, incapaz de julgar quem quer que seja, simplesmente pela aparência .
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